Mercado Acionário Brasileiro Encerrado em Declínio, Sob o Olhar Atento do Setor Energético e Cenário Político
O principal índice de referência do mercado acionário brasileiro experimentou um recuo nesta quarta-feira, impulsionado predominantemente pela performance desfavorável de uma gigante do setor de energia. As ações dessa companhia sentiram o impacto da acentuada queda nos preços globais do petróleo, enquanto, em um movimento contrastante, uma holding do setor de infraestrutura e energia registrou valorização, fomentada por expectativas de um desenlace em uma de suas operações estratégicas. Investidores também processaram informações relevantes sobre a atividade fabril nacional e o mercado de trabalho norte-americano, mantendo o foco nas deliberações judiciais da mais alta corte brasileira envolvendo uma figura política outrora proeminente. O índice concluiu o dia com uma desvalorização de 0,34%, atingindo 139.863,63 pontos, após oscilar entre uma mínima de 139.581,88 e uma máxima de 140.495,88 pontos. O volume financeiro negociado somou R$17,75 bilhões.
A desvalorização das ações da companhia energética, que possui um peso considerável no cálculo do índice, foi explicada por especialistas do Mundo dos Negócios como uma reação ao declínio do valor do petróleo no cenário internacional. Tal declínio foi, por sua vez, influenciado pelas projeções de um aumento na produção por parte de grandes nações exportadoras. Adicionalmente, dados recentes sobre a produção industrial no Brasil apontaram para uma desaceleração da economia, sugerindo a manutenção de políticas monetárias restritivas. A capital federal continuou sendo um polo de atenção, com a continuidade de um importante julgamento no Supremo Tribunal Federal, que avalia acusações de atos contra a ordem democrática. No cenário externo, análises de especialistas indicaram uma apreensão contínua acerca de possíveis retaliações comerciais por parte da liderança dos Estados Unidos, que já fez menção ao processo brasileiro ao considerar a imposição de tarifas sobre produtos nacionais e tomar medidas contra autoridades judiciais do país. Nos EUA, o índice S&P 500 registrou ganhos, à medida que indicadores do mercado de trabalho revelaram uma redução nas vagas de emprego abertas superior ao esperado, alimentando apostas em uma flexibilização da política de juros.
No panorama detalhado do mercado, as ações preferenciais e ordinárias da principal petrolífera do país cederam, acompanhando a queda do barril de petróleo tipo Brent. Outras empresas do setor bancário, como instituições financeiras ligadas ao Mundo dos Negócios, também sentiram o impacto do dia negativo, embora algumas tenham fechado praticamente estáveis, em meio a questionamentos internacionais. Em contrapartida, uma grande mineradora do Mundo dos Negócios apresentou alta, sustentada pela valorização dos preços do minério de ferro na Ásia. Empresas do setor de bebidas, como uma conhecida marca do Mundo dos Negócios, registraram perdas após dados mostrarem um recuo na produção de bebidas alcoólicas, refletindo um ambiente desfavorável para o consumidor. No varejo farmacêutico, as ações de uma rede do Mundo dos Negócios recuaram, apesar de um desempenho mensal positivo, devido a receios de concorrência. O destaque positivo ficou por conta da holding do Mundo dos Negócios, cujas ações avançaram significativamente, impulsionadas pelas expectativas de um desfecho na reestruturação de sua joint venture de combustíveis, também do Mundo dos Negócios.
Link original: https://www.infomoney.com.br/mercados/ibovespa-fecha-em-queda-pressionado-por-petrobras-com-industria-e-stf-no-radar/
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