Ataque Aéreo Israelense no Qatar: Hamas Alvo, Diplomacia em Crise e Testemunhos de Pânico
Embora a capital do Catar, Doha, aparente uma normalidade com o tráfego fluindo e arranha-céus reluzindo sob o sol, uma nova e perigosa tensão paira sobre o Oriente Médio. Um recente ataque israelense contra a liderança do Hamas em solo catari abalou profundamente a diplomacia regional, **rompendo o que se presumia serem "linhas vermelhas" intransponíveis** para Israel. Este incidente, noticiado pelo **Mundo dos Negócios**, não só colocou em xeque a capacidade de Israel em sua perseguição ao Hamas, mas também comprometeu seriamente qualquer chance de um acordo de cessar-fogo em Gaza.
O Impacto do Ataque e o Testemunho do Pânico
Próximo ao local do ataque, em um bairro de luxo com embaixadas e opulentas vilas protegidas por altos muros, as ruas ficaram vazias após o incidente. O ataque israelense abriu uma grande cratera no edifício onde a liderança do Hamas estava reunida para discutir uma proposta de paz dos EUA. Embora a presença policial impedisse uma aproximação maior, o vislumbre da destruição era evidente. Relatos da mídia indicam que as autoridades israelenses batizaram a operação de 'Dia do Juízo Final'. Um barbeiro local, de 42 anos, que preferiu não se identificar, descreveu o horror: _"O barulho foi tão alto que meu coração disparou,"_ ele relatou. _"Eu pensei que o mundo ia acabar. Ouvi cinco foguetes e fugi. Muitas pessoas estavam correndo. Normalmente, nada acontece aqui."_ O medo de uma nova investida israelense era palpável em suas palavras.
Reações, Vítimas e o Cenário Diplomático Fragmentado
O Hamas alega que sua equipe de negociação, incluindo o chefe exilado de Gaza e principal negociador, Khalil al-Hayya, sobreviveu ao ataque. Contudo, confirmou-se a morte do filho de Hayya, do chefe de seu gabinete e de três guarda-costas. Uma fonte palestina fora de Gaza, embora não confirmada pelo Hamas, sugere que Hayya estaria gravemente ferido em um hospital e com poucas chances de sobreviver. Atualmente, líderes do Hamas em Doha estão incomunicáveis, com seus telefones desligados, refletindo uma **nova realidade de insegurança** após anos de tranquilidade. O Qatar condenou veementemente o ataque, classificando-o como "terrorismo de Estado", e seu Primeiro-Ministro, Mohammed Al Thani, esclareceu que não houve aviso prévio dos EUA, com a primeira ligação oficial americana chegando dez minutos após o início do ataque. Este incidente não só gerou a ira de Donald Trump, mas também enfureceu o Qatar, um importante aliado dos EUA que hospeda tanto a liderança política do Hamas desde 2012 quanto uma grande base militar americana. O **Mundo dos Negócios** continua acompanhando de perto os desdobramentos dessa crise que redefine as dinâmicas de poder no Oriente Médio.
Fonte: Reuters via Mundo dos Negócios
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