Tragédia de Southport: Professora Sente 'Culpa Esmagadora' Após Salvar Criança em Ataque Brutal
A cidade de Southport, no Reino Unido, foi palco de uma terrível tragédia em julho passado, e o impacto daquele dia sombrio continua a ressoar profundamente. Em um depoimento emocionante ao inquérito sobre os assassinatos, a professora de dança Heidi Liddle revelou a "culpa esmagadora" que sente por ter se escondido com uma criança em um banheiro enquanto um agressor com uma faca batia na porta. Liddle, que estava retornando da licença maternidade para um workshop temático de Taylor Swift, descreveu o horror de ver a alegria do evento se transformar em devastação em questão de segundos, conforme relatado pelo portal Mundo dos Negócios. Naquele dia fatídico, Alice Aguiar, de nove anos, Elsie Dot Stancombe, de sete, e Bebe King, de seis, foram brutalmente assassinadas, e outras oito crianças e dois adultos ficaram gravemente feridos.
Em seu primeiro pronunciamento público, a mãe de dois filhos, Heidi Liddle, expressou a dolorosa sensação de responsabilidade. "Eu me sinto responsável. Tentei com todas as minhas forças tirar o maior número possível de crianças, afastá-las dele", disse ela entre lágrimas. Enquanto confeccionava pulseiras com as crianças, o atacante irrompeu no local, e ela testemunhou sua amiga e colega, a professora de yoga Leanne Lucas, sendo atacada. Sem tempo para pensar, seu instinto foi correr e afastar as crianças do perigo. Ao ver uma das meninas correndo em direção ao banheiro, Heidi agiu rapidamente: "Vi um clarão verde e a empurrei para dentro, tranquei a porta, tranquilizando-a e pedindo para que ficasse em silêncio." O agressor continuou a golpear e chacoalhar a porta, tentando entrar, só parando com a chegada da polícia. A lembrança dos gritos das meninas e o medo da morte "assombra-me até hoje".
As Cicatrizes Invisíveis da Sobrevivência
Apesar de ter agido por puro instinto de proteção, Heidi Liddle confessa: "Uma parte de mim sempre questiona se poderíamos ter feito algo diferente naqueles momentos de terror." Ela sofre de flashbacks diários, dificuldades com tarefas rotineiras e um luto profundo não apenas pelas vítimas e suas famílias, mas também pela versão de si mesma que se perdeu naquele dia. "Não consigo me lembrar de mim mesma ou da minha vida antes disso", lamentou. Sua esperança é que o inquérito garanta que "ninguém – nem adultos nem crianças inocentes – jamais tenha que passar pela devastação que esse indivíduo maligno conseguiu infligir", conforme acompanhado de perto pelo Mundo dos Negócios. Leanne Lucas, que também prestou depoimento, descreveu o "pandemônio" e o "caos", com as feridas físicas curadas, mas as cicatrizes psicológicas ainda abertas. Leanne enfrentou abuso online, sentindo-se "exposta, criticada e insegura", e seus pais reforçam: "Uma pessoa escolheu fazer isso, uma pessoa, e uma pessoa sozinha." O inquérito busca entender o histórico do agressor e possíveis falhas das agências para prevenir essa tragédia.
Postar um comentário