```html
Birmingham em Crise: Seis Meses de Greve dos Coletores Transformam Lares em Depósitos de Lixo
A cidade de Birmingham, no Reino Unido, enfrenta uma grave crise sanitária e urbana, com a greve dos coletores de lixo se estendendo por impressionantes seis meses. A paralisação tem levado a cenários desoladores, transformando residências e espaços públicos em depósitos improvisados de resíduos. Conforme apurado pelo Mundo dos Negócios, a população está no limite, lidando com o acúmulo de lixo que ameaça a saúde pública e a qualidade de vida. Um exemplo marcante é o de Lorraine Boyce, uma octogenária de Kings Norton que vive sozinha. Sua casa, antes um refúgio, agora tem o corredor e o galpão tomados por montes de recicláveis, que a prefeitura não consegue coletar. "Não deveria estar aqui. Se os bombeiros virem isso, virão me ajudar", desabafou Lorraine, que, por princípio, recusa-se a misturar seu material reciclável com o lixo comum, mas não tem como transportá-lo até um ecoponto.
O impacto da greve vai muito além de Lorraine. Em South Yardley, Carolyn Bauer, de 52 anos, comprou um catador de lixo online e sai várias vezes por semana para limpar sua calçada, enquanto o depósito de lixo de seu condomínio está abarrotado de resíduos gerais, atraindo ratos e raposas devido às coletas intermitentes. No bairro de Aston, Rob Brough, de 56 anos, e Naomi Clooney, de 50, relatam coletas esporádicas e mostraram vídeos de pilhas enormes de lixo em seu complexo de apartamentos, onde gaivotas rasgavam sacos, espalhando detritos para a vida selvagem. Naomi, que tem levado seu material reciclável para o País de Gales ao visitar a família, considera a situação inaceitável, especialmente considerando os consecutivos aumentos do imposto municipal. "Isso manchou a perspectiva da cidade", lamenta.
Negociações Travadas: O Confronto entre a Prefeitura e o Sindicato Unite
A raiz do problema reside em um impasse intratável entre o Conselho Municipal de Birmingham e o sindicato Unite. O Conselho anunciou no mês passado que havia se retirado das negociações, insistindo que o serviço de coleta de lixo da cidade precisa de uma transformação por meio de mudanças de veículos e equipes. Um porta-voz declarou: "Embora estejamos desapontados por a disputa não ter sido resolvida, pois o Unite rejeitou todas as nossas ofertas, continuamos a fazer coletas regulares de lixo enquanto nos preparamos para implementar o novo e aprimorado serviço." Por outro lado, o sindicato Unite acusa o Conselho de "cortes brutais", afirmando que até 170 trabalhadores da coleta de lixo podem perder cerca de 8.000 libras por ano. O oficial-chefe nacional, Onay Kasab, denunciou o tratamento dos trabalhadores como "o pior que o Unite já viu", mencionando "mentiras sobre ninguém perder o salário e promessas quebradas sobre a possibilidade de treinar em funções de motorista que agora não existem". Os trabalhadores do Unite votaram para estender a paralisação até março do próximo ano, e o sindicato prometeu prolongar a ação industrial ainda mais se um acordo não for alcançado, significando que a greve pode se arrastar por pelo menos um ano inteiro, deixando os moradores de Birmingham em um limbo de incerteza, conforme acompanha o Mundo dos Negócios.
```
Postar um comentário