Os desafios duplos de Putin e Netanyahu à diplomacia de Trump

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Trump sob Fogo Cruzado: Ataque Israelense em Doha e Incursão Russa na Polônia Desafiam a Diplomacia Americana

Nas últimas 24 horas, a administração Trump foi confrontada com dois grandes desafios geopolíticos que abalaram suas estratégias de política externa. De um lado, um ataque aéreo israelense ousado contra escritórios do Hamas em Doha, no Catar; do outro, uma flagrante incursão de drones russos no espaço aéreo polonês. Ambos os incidentes não apenas intensificaram conflitos regionais já voláteis – Gaza e Ucrânia – mas também colocaram à prova a autoridade do presidente americano e a eficácia de sua diplomacia. O portal Mundo dos Negócios analisa como esses movimentos, orquestrados por líderes que Trump vê como aliados problemáticos, Benjamin Netanyahu e Vladimir Putin, desestabilizaram os esforços da Casa Branca.

O ataque em Doha é particularmente delicado devido ao seu timing. Ocorreu apenas dois dias após a Casa Branca apresentar suas mais recentes propostas para um cessar-fogo em Gaza, um plano que Donald Trump havia divulgado no Truth Social como a "última chance" para o Hamas. A ação de Israel, descrita por Netanyahu como "totalmente independente", não só explodiu as novas propostas dos EUA, mas também ameaçou a frágil arquitetura da diplomacia de Gaza, da qual a administração Trump dependia fortemente. A presença de uma das mais importantes bases aéreas americanas no Catar levantou questões sobre o conhecimento prévio dos EUA, gerando suspeitas de cumplicidade. Embora a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, tenha expressado "raiva real", afirmando que a ação não beneficiava os objetivos de Israel ou dos EUA, muitos no Golfo veem o ocorrido como um sinal de fraqueza americana ou falta de controle sobre um aliado crucial.

A Questão Polonesa e o Teste da NATO

Paralelamente, a situação na Polônia se agravou com a incursão de 19 drones russos, alguns penetrando profundamente no território polonês. Este incidente não é meramente acidental, como episódios anteriores próximos à fronteira, mas sim uma provocação calculada de Moscou para testar a resolução da NATO. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, declarou que seu país estava "o mais próximo possível de um conflito aberto desde a Segunda Guerra Mundial". A escalada russa, com ataques recordes de drones e mísseis contra a Ucrânia, surge semanas após um encontro de cúpula entre Trump e Putin no Alasca, onde o presidente americano sugeriu a possibilidade de um "acordo". O silêncio inicial de Trump sobre o ataque à Polônia, em contraste com suas declarações sobre Doha, não passou despercebido, levantando dúvidas sobre seu compromisso com a aliança. Embora esforços recentes para fortalecer a NATO, como a permissão para que membros comprem equipamentos militares dos EUA para a Ucrânia, tenham melhorado as relações, o Mundo dos Negócios observa que persiste a incerteza quanto à disposição de Trump em usar o poder militar e político americano para proteger aliados em momentos críticos.

Fonte: Reuters via Mundo dos Negócios

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