Escândalo Epstein Aprofunda Crise: Keir Starmer sob Pressão por Ligações de Lord Mandelson
O líder do Partido Trabalhista britânico, Sir Keir Starmer, encontra-se sob intensa pressão política após a emergência de novas revelações sobre as ligações de Lord Peter Mandelson, embaixador dos EUA e figura proeminente do Labour, com o falecido pedófilo condenado Jeffrey Epstein. Conforme apurado pelo Mundo dos Negócios, a controvérsia escalou com a divulgação de documentos por legisladores norte-americanos, que incluíam uma carta chocante onde Mandelson se referia a Epstein como seu "melhor amigo" ("best pal"), lançando uma sombra sobre a liderança de Starmer e a integridade de sua administração.
Em uma entrevista recente, Lord Mandelson admitiu que novas trocas "embaraçosas" poderiam vir à tona, e o jornal The Sun noticiou que ele teria enviado mensagens de apoio a Epstein em 2008, enquanto este enfrentava acusações. Mandelson defendeu-se, afirmando ter "confiado em garantias de inocência que mais tarde se revelaram horrivelmente falsas", e que lamenta profundamente ter aceito a palavra dos advogados de Epstein, que alegavam uma conspiração contra ele. O embaixador admitiu ter continuado sua associação com Epstein por "muito mais tempo do que deveria", mas reiterou nunca ter presenciado qualquer ilícito enquanto esteve com ele, expressando "um tremendo sentimento de arrependimento" por sua amizade e uma "tremenda compaixão" pelas vítimas.
Repercussões Políticas e Divisões no Parlamento Britânico
A situação gerou um racha no cenário político britânico. Enquanto o primeiro-ministro Sir Keir Starmer tem defendido Mandelson, afirmando que ele "expressou repetidamente seu profundo arrependimento" e desempenha um "papel importante" nas relações entre o Reino Unido e os EUA, a oposição e até mesmo alguns membros do Partido Trabalhista exigem sua demissão. Kemi Badenoch, líder conservadora, classificou a posição de Mandelson como "insustentável", pedindo que fosse "demitido agora" e questionando o "mau julgamento" de Starmer. Os Liberais Democratas também solicitaram uma investigação oficial sobre o grau de divulgação dos contatos de Mandelson com Epstein antes de sua nomeação como embaixador, em dezembro do ano passado. Diversos deputados trabalhistas, como Richard Burgon, Nadia Whittome e Bell Ribeiro-Addy, romperam as fileiras e publicamente pediram a renúncia de Mandelson, intensificando a pressão sobre Starmer, conforme observado pelo Mundo dos Negócios.
O Impacto nas Relações Anglo-Americanas e o Futuro
A controvérsia surge poucos dias antes de uma visita de Estado do ex-presidente Donald Trump ao Reino Unido, adicionando uma camada extra de complexidade. Apesar da agitação, um alto funcionário da administração Trump indicou que a Casa Branca continua a trabalhar com Lord Mandelson em uma série de questões, elogiando seu trabalho como embaixador. A habilidade de Mandelson em lidar com a administração Trump é valorizada em Downing Street, mas seu histórico com Epstein apresenta um dilema para Starmer. A questão-chave permanece sobre o julgamento de Mandelson, especialmente por manter a amizade com Epstein após as primeiras investigações. As perguntas difíceis para o governo provavelmente continuarão, especialmente se, como Mandelson sugere, mais detalhes embaraçosos vierem à tona, exigindo transparência e, possivelmente, uma reavaliação de sua posição.
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