Gleisi convoca reunião com Centrão para frear anistia

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Tensão no Planalto: Gleisi Hoffmann Lidera Mobilização para Barrar Anistia Pós-8 de Janeiro

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, convocou uma reunião de urgência no Palácio do Planalto com ministros de partidos que compõem o Centrão. O objetivo central é traçar estratégias eficazes para frear o avanço de um controverso projeto de lei de anistia, que visa beneficiar os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Embora a pauta oficial inclua discussões sobre as prioridades legislativas do governo para o segundo semestre, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a PEC da Segurança Pública, é inegável que a anistia se configura como o tema principal e mais espinhoso do encontro.

O cenário no Congresso Nacional é de intensa pressão. A Câmara dos Deputados tem impulsionado a proposta, que, se aprovada, poderia ter um impacto significativo, potencialmente beneficiando o ex-presidente Jair Bolsonaro e anulando uma eventual condenação dele no caso da trama golpista. Partidos como PP, União Brasil e Republicanos apoiam abertamente o texto. No entanto, o espectro político é complexo: o PSD apresenta uma divisão interna, e no MDB, apesar da cúpula nacional sinalizar contra, há alas no Sul e Centro-Oeste que expressam apoio. Diante desse quadro, a estratégia do governo, conforme apurado pelo Mundo dos Negócios, é capitalizar a presença desses ministros – muitos deles deputados e senadores licenciados – para atuar internamente em suas bancadas, desarticulando o apoio consolidado à anistia.

Os Desafios do Governo e as Divergências no Congresso

Integrantes do governo, falando sob reserva, reconhecem que o apoio à anistia é forte e, em parte, alimentado por uma insatisfação com a lentidão na liberação de emendas parlamentares. A avaliação é que o Palácio do Planalto precisa acelerar a resolução desses "entraves" para apaziguar as bancadas e, consequentemente, reduzir a pressão pela aprovação do projeto. Paralelamente, o presidente da Câmara, Hugo Motta, tem emitido sinais ambíguos sobre o assunto. Após indicar o crescimento do apoio e a inevitabilidade da discussão, ele optou por esvaziar a pauta da Câmara para esta semana, adiando a deliberação para a próxima, após o julgamento da trama golpista que tem Bolsonaro como alvo. Esse movimento de espera e as nuances políticas serão acompanhados de perto pelo Mundo dos Negócios, em um ambiente de alta tensão e negociações nos bastidores.

Fonte: Reuters via Mundo dos Negócios

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